Comunidade quilombola de SP terá estrada de acesso pela primeira vez
21/09/2025
(Foto: Reprodução) Comunidade quilombola de Bombas, em Iporanga (SP), terá estrada pela primeira vez
Divulgação/Semil
A comunidade quilombola de Bombas, em Iporanga, no interior de São Paulo, terá uma estrada pela primeira vez na história. Conforme apurado pelo g1 junto à Secretaria Estadual de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (Semil), os moradores aguardam por um acesso viário há mais de 200 anos.
Com um investimento de R$ 17,7 milhões, a Semil informou que a estrada terá 4,9 quilômetros de extensão. A obra está prevista para ser entregue em junho de 2026 e facilitará a vida da comunidade, que atualmente precisa encarar uma trilha que só é possível passar a pé.
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Os serviços estão sendo realizados pela secretaria junto ao Departamento de Estradas de Rodagem de São Paulo (DER-SP) e a Fundação Florestal (FF), órgão responsável pela gestão do Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (Petar).
Ainda segundo a Semil, o local já tem canteiro instalado e serviços de terraplanagem concluídos em aproximadamente 900 metros. Além disso, os licenciamentos ambientais estão seguindo as orientações da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) e da Fundação Florestal.
Comunidade quilombola de Bombas, em Iporanga (SP), terá estrada pela primeira vez
Divulgação/Semil
Por meio de nota, a secretária de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística, Natália Resende, afirmou que a entrega do acesso vai transformar a realidade da comunidade, garantindo mobilidade, saúde, educação e segurança.
"Este é um momento histórico para Bombas e para todo o Vale do Ribeira. Estamos garantindo um direito básico de mobilidade para a comunidade, com uma obra planejada de forma responsável, respeitando o meio ambiente e dialogando com a população quilombola", afirmou a secretária.
Viabilização da obra
Para viabilizar a obra, a Fundação Florestal e o DER-SP conduziram um processo de licenciamento, que incluiu a elaboração de um Relatório Ambiental Preliminar (RAP) e de um Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA).
O processo contou com uma audiência pública para apresentação dos estudos e debate com a população quilombola. De acordo com a Semil, o DER-SP realiza a supervisão ambiental durante a fase de execução da obra.
Também por meio de nota, o diretor-executivo da Fundação Florestal, Rodrigo Levkovicz, explicou a importância do trabalho técnico. "Foram anos de estudos, consultas públicas e diálogo para assegurar que a obra respeitasse o meio ambiente e os valores culturais da comunidade", afirmou ele.
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